A LÍNGUA DE SINAIS KA’APOR
Os ka’apores possuem uma língua de sinais para comunicar com os surdos, que, atualmente, são em torno de oito pessoas que habitam três aldeias diferentes. Nem todos os ka'apores conhecem a língua de sinais, ou tem diferentes competência na sinalização, mas a sinalização e as pessoas surdas não são marginalizadas entre eles. Não se trata de mímica ou de gestos inventados no momento e os sinais ka'apores não tem semelhança com a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A data de surgimento dos sinais é desconhecida, mas a língua está implícita em etnografias da década de 1940 e aparece, de forma fragmentária, em um vídeo por no final da década de 1950. |
BacurauIrasui explica sobre uma 'cura' feita com penas de bacurau (Nyctidromus albicollis). As cinzas delas são passadas em alguém para a pessoa adquirir a agilidade desta ave, que ficando no chão, salta rapidamente de um lugar para o outro.
Aldeia Xie pihun renda, 04/08/2014 |
CurupiraIrasui explica sobre um curupira, que foi morto por dois não indígenas.
Aldeia Xie pyhun renda, 01/08/2014. |
História do Jaguar A'e - origem dos adornosValdemar conta a história do Jaguar A'e, que é a narrativa que explica a origem dos adornos.
Aldeia Xie pihun renda, 11/06/2014 |
Gustavo Godoy
A língua de sinais ka'apor está sendo documentada e estudada por Gustavo Godoy, doutorando em Antropologia Social pelo PPGAS (Museu Nacional, UFRJ)